domingo, 25 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Geladeira dos Meus Sonhos - Parte 1

Eu adoro cozinha e coisas de cozinha. Eu adoro a Brastemp. Minha mãe tem uma geladeira Brastemp que tem a minha idade e ainda funciona. Tem gelo automático e tudo. Não é à toa que Brastemp virou adjetivo.

Um dia, eu montei a cozinha dos meus sonhos e nada menos do que a geladeira dos meus sonhos poderia fazer parte dela. Foi então que eu a vi, no site do Ponto Frio. Toda de aço escovado. Toda design. Toda eletrônica (sabe lá o que isso quer dizer numa geladeira). Na porta do freezer havia compartimentos para gelo, gelo picado e água filtrada. Eu adoro gelo, gelo picado e água filtrada. Por dentro, tudo tinha a mesma cor, como se comida e bebida fossem monocromáticos. Pouco importa, estamos falando de sonho, e, para a foto do site, tudo tinha que combinar dentro daquelas lindas e bem organizadas portas side-by-side.

Só que não era Brastemp. Era Bosch. Eu bem que tentei, mas a Brastemp não fazia o modelo dos meus sonhos na voltagem da minha realidade, que era 220V. Mas e daí?, eu pensei. Aquela Bosch reluzia, linda, grande e gorda, custava mil reais a menos e, de quebra, também começava com B... Ah, me atirei! Comprei a linda, grande, metálica e moderna geladeira Bosch.

Em seis meses, meu sonho virou pesadelo. A geladeira Bosch estragou... Mas não só estragou: ela estragou na véspera do Ano-Novo, em pleno verão, quando a minha casa estava cheia. Cheia de gente sedenta por um champagne beeeeem gelado... E cheia de comida para abastecer toda aquela gente, que tinha que ficar na geladeira...

Só depois do carnaval eu consegui que a assistência técnica comparecesse para fazer o conserto, dentro dos termos da garantia. Mas, depois disso, passamos a perceber a presença da geladeira na cozinha. Explico: ela, que era tão silenciosa, agora soava como um caminhão velho acelerando ladeira acima. Chamamos de novo a assistência, mas a velha-nova Bosch nunca mais foi a mesma.

Agora, passado pouco mais de um ano, ela estragou de novo. Já está fora da garantia, então vou pagar pelo conserto. O que é bom, pois assim pode ser que arrumem de verdade a geladeira. Não vou colocá-la fora e comprar outra em respeito ao meio ambiente, que não saberá o que fazer com ela.

Fica a lição: não é uma Brastemp, é uma Boschta.

O Silogismo Falante

Como mulher, faço parte de um silogismo: mulheres falam demais, eu sou mulher, eu falo demais. Vejam que sou performativa, digo que sou politicamente incorreta sendo. Não vai faltar quem diga: Mulher fala demais?! Que comentário machista!

Mulheres indignadas dirão que eu sou generalizante e preconceituosa, e darão um grande discurso a respeito, preenchendo a premissa maior daquele silogismo. As que falam pouco, que são poucas (a exceção confirma a regra), vão apenas sorrir e se vangloriar em serem exceções, pois elas merecem mesmo toda a glória.

Mulher que fala pouco é, para mim, um ser superior, chique. Se um dia eu chegar lá, estarei beirando à santidade. Por ora, faço a mea culpa. Eu falo demais. E aqui não vai ser diferente.

Para Todos Existe Um Lugar no Cosmos?

Para todos existe um lugar no cosmos?

É de um grande amigo meu, um sábio filósofo, o Professor de Filosofia do Direito Dr. Cláudio Michelon, da Universidade de Edimburgo (então, não estou falando de qualquer um), a afirmação: “Para todos existe um lugar no cosmos”. A contextualização da afirmativa eu vou deixar pra outro momento, já que é relacionada a experiências acadêmicas e são muitas as que eu espero narrar aqui.

Eu sempre achei que ele estava correto, mas ultimamente estou em dúvida se existe um lugar no cosmos pra mim. Eu gosto de dizer o que penso, de exercer minha liberdade de expressão, meu direito de opinião. É isso, o que eu penso (e o que eu não penso), o que me distingue dos outros.

Pensar e dizer o que se pensa é algo muito difícil nos dias de hoje. Nos torna, muitas vezes, politicamente incorretos. Outro dia li na internet a seguinte definição para “diplomático”: o sujeito que pensa duas vezes antes de não dizer nada... E a vida está ficando assim, a gente prefere dizer nada a se incomodar ou ferir suscetibilidades.

Ser politicamente correto tem sido confundido com não dizer realmente o que se pensa, justamente por medo de parecer politicamente incorreto. Eu gosto de pensar e dizer o que penso, e não sei se ainda há um lugar no cosmos para gente como eu. Eu idolatro quem, como o Diogo Mainardi, diz o que pensa sem medo de ser infeliz.

Mas, diferente do Diogo, a verdade é que eu sou quase ninguém, de modo que a minha opinião é só uma opiniãozinha, um nadinha no cosmos. Por isso, depois de passar o dia e a noite na faculdade dizendo coisa séria, neste lugar vou me dar o direito de dizer as abobrinhas que eu passei represando. Vou jogar palavras ao vento, como gosto de fazer quando estou entre amigos, dizer coisas que me angustiam e dar a minha opiniãozinha quando ela vai na contra-mão dos consensos politicamente corretos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sem medo de ser infeliz...

Se você...
acha que $9,99 é mais barato que $10,00,
que 1+1 pode não ser 2,
que Papai Noel existe,
e é daquelas pessoas que chamam feio de "exótico" e
acredita em todos os elogios que recebe, tipo "me engana que eu gosto"...

Este blog NÃO é recomendado pra você.

Agora, se você...
É do tempo em que 1+1=2,
lembra a diferença entre o certo e o errado,
sabe que ninguém acorda bonito de manhã,
adora o Diogo Mainardi e o Nelson Rodrigues,
gosta da verdade verdadeira e
acha que o politicamente correto tirou a graça do mundo...


Talvez seja este o seu lugar no cosmos!