A postagem anterior, sobre o "preconceito linguístico", me fez lembrar parte de um texto que li há algum tempo, que reflete a triste realidade do mundo, em geral, e do nosso país, em particular.
Idiotas!PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.Folha de São Paulo, 02.06.05(..) O fenômeno é relativamente recente. Os idiotas sempre foram maioria, desde tempos imemoriais. Só que antigamente o idiota era submisso e humilde. Não se aventurava fora de limites estreitos e bem definidos. De repente (mais precisamente no século 20), ocorre a sublevação jamais vista, nunca imaginada. Os idiotas descobrem o óbvio: "Somos maioria, esmagadora maioria". E passaram o trator por cima dos melhores. Começaram a se projetar em escala global (a própria "globalização" é, no essencial, obra límpida e inequívoca dos idiotas).
Os papéis se inverteram. Funções e responsabilidades antes reservadas aos melhores passaram a ser exercidas por idiotas de babar na gravata. Qualificações exigidas: alguma habilidade, marketing, jogo de cintura, palavra fácil e audácia. Com base nisso, passaram a governar países, dirigir empresas, dar aulas, publicar livros, proferir conferências, conceder entrevistas etc.
Na nossa época, os inteligentes, os sensíveis, os profundos vivem totalmente acuados. Para não serem massacrados, muitos simulam idiotice. Nelson Rodrigues falava dos "falsos cretinos", sujeitos inteligentes e até excepcionais que se vêem, entretanto, compelidos a disfarçar o seu talento como se se tratasse de alguma mácula, algum pecado, alguma tara vergonhosa.
É claro que em outras épocas sempre havia um ou outro idiota em posição de destaque. Mas agora os idiotas estão em todas as áreas e dominam grande parte da cena. (...)
SENSACIONAL PAULA !!!!! TAMBÉM ACHO IMPRESSIONANTE A GLOBALIZAÇÃO DA IDIOTICE. TU ÉS GENIAL GURIA !!!! BJO
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